quarta-feira, janeiro 23, 2008

O voluntariado na Jornada Mundial da Juventude 2008

SYDNEY, domingo, 20 de Janeiro de 2008 (ZENIT.org).- Uma colaboração essencial para o sucesso da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) em Sydney, Austrália, será o trabalho dos voluntários. Grandes eventos de massa, como as Olimpíadas, os Jogos Pan-Americanos e as Copas do Mundo de futebol sempre trabalham com a perspectiva de ter, em seu quadro, pessoas colaborando de graça para o sucesso do evento.

Para a JMJ de Sydney, que ocorre de 15 a 20 de julho, são esperadas 8000 pessoas para trabalhar como voluntárias em áreas como liturgia, alimentação, acolhimento de peregrinos, tradução e assessoramento de jornalistas. De acordo com Hiam Katrib, gerente da força de trabalho da jornada, o número deve ser suficiente para as necessidades do evento. Segundo ela, a projecção foi feita de acordo com as necessidades estimadas para a jornada.

Aproximadamente 2000 pessoas já se cadastraram para trabalhar como voluntários. Além da Austrália, a maioria dos jovens colaboradores virá de países como Itália, Filipinas, Estados Unidos e Alemanha. Os interessados precisam ter no mínimo 18 anos na época do início do trabalho.

Em relação aos peregrinos, os voluntários têm a vantagem de não precisar pagar a taxa de inscrição para o evento. Outras despesas como, a passagem até Sydney, são de responsabilidade de cada voluntário.

Existem duas formas de voluntariado para a JMJ: os que trabalham durante a semana do evento, e aqueles que ficam mais tempo e trabalham de 3 a 12 meses. Para se inscrever como voluntário, o interessado precisa preencher um formulário no site oficial da JMJ08 (www.wyd08.org).

Segundo Hiam Katrib, depois da inscrição no site os voluntários passam por uma selecção por telefone ou por entrevista pessoal. Depois eles são direccionados de acordo com a viabilidade para as actividades que escolheram e depois, de acordo com a necessidade de cada área. “Eles ganharão um trabalho e receberão o treinamento referente à tarefa que irão desempenhar”, afirmou Hiam.

Além dos voluntários que trabalham em Sydney para o sucesso da semana da jornada, outros muitos estão ajudando em cada diocese na peregrinação da Cruz e do Ícone. Durante os Dias nas Dioceses, a semana que antecede a jornada em que peregrinos do mundo todo estarão visitando dioceses da Austrália e Nova Zelândia, também haverão voluntários trabalhando.

“Cada diocese está cuidando de seus próprios voluntários. Porém, nós assistimos e trabalhamos junto com elas para assegurar que nossos programas estejam alinhados”, explicou Hiam.

Crescimento profissional e espiritual

A jornalista recém-formada Chelsea Pelham veio da cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, para trabalhar no escritório da jornada acompanhando a peregrinação da Cruz e do Ícone de Maria pelo território australiano.

Chelsea está há seis meses trabalhando no escritório da JMJ08 em Sydney, agendando eventos relacionados à peregrinação da Cruz e do Ícone, além de ajudar na área de comunicação e escrever no blog da jornada. “voluntariei-me porque era uma grande oportunidade de crescimento pessoal, profissional e espiritual. Até agora já aprendi muito com todas as experiências”, explicou Chelsea.

James Lucas, 22, é outro voluntário que decidiu dedicar um ano de sua vida para o sucesso da JMJ08. Formado em teatro, ele soube pelo irmão de uma oportunidade para trabalhar como assistente na Via-Sacra, que acontece sexta-feira dia 18 de julho. Ele contou que, por causa de sua experiência na área, conseguiu a vaga e está ajudando a selecionar os atores que trabalharão na representação do caminho até o Calvário.

“Quando nos inscrevemos precisamos mostrar o conhecimento que temos para desempenhar a actividade em que queremos trabalhar. Somos treinados para ajudar e assessorar as pessoas que estão cuidando dos locais onde trabalharemos”, disse James. Assim que os actores forem escolhidos, os ensaios para a Via-Sacra começarão. “Cada mês vou ficar mais e mais ocupado”, lembra o voluntário.

Tanto os voluntários que trabalham por períodos longos quanto os que estarão apenas na semana da jornada recebem um treinamento para a actividade que irão realizar, bem como um apoio pastoral. Segundo Hiam, a organização da jornada dá aos voluntários de longos períodos a acomodação, caso seja necessário, além de auxílio transporte, alimentação e apoio pastoral.

Não é porque o trabalho seja voluntário que ele é menos desgastante que um trabalho remunerado. Chelsea e James trabalham, em média, sete horas por dia, cinco dias por semana. O que move esses jovens a se dedicar tanto sem receber nenhum dinheiro em troca é a certeza de colaborar para que tudo corra bem e que o encontro do Papa com os jovens em Sydney seja inesquecível.

Mais informações sobre o voluntariado no site multilingue da Jornada Mundial da Juventude (www.wyd2008.org).

(Por Tiago Miranda)

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