sexta-feira, março 11, 2005

Um colóquio surpreendente

Entre o Papa e os fiéis teve lugar um colóquio surpreendente. João Paulo II abençoou mais de uma vez quantos o aplaudiam; falou com o olhar, com aqueles olhos que te penetram e te transmitem palavras fundamentais. E às saudações comovidas, alegres e intermináveis, respondeu quase como se quisesse pedir desculpa com a mão na garganta.
É realmente verdade: João Paulo II surpreende sempre. Em poucas horas, com a sua inteligência sempre fulgurante e com a sua fragilidade que se faz força, altera as previsões; desmente declarações de quem não sabe nem viu nada e ninguém; obriga a refazer títulos considerados óbvios até poucos minutos antes.
João Paulo II supreende sempre. E o Angelus de 27 de Fevereiro de 2005 entra na história. Como que para confirmar aquilo que ele diz no seu recente volume "Memória e Identidade": "Vivo na consciência constante de que em tudo o que digo e faço, no cumprimento da minha vocação e missão, do meu ministério, acontece algo que não é exclusivamente minha iniciativa. Sei que não sou o único a agir naquilo que faço como Sucessor de Pedro".
MARIO AGNES


In L'Osservatore Romano - 5 de Março de 2005

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