Opção pelo casamento religioso é maioritária, segundo a Pastoral Juvenil de Aveiro.

Alfredo cunha
Margarida Silva
In JN 19/04/2004


A maior parte dos jovens ouvidos num inquérito de rua, em vários concelhos da diocese de Aveiro, afirmou optar pelo casamento religioso e considera que a família os influencia directamente nas suas decisões. Cerca de 35% dos inquiridos dizem esperar da Igreja "abertura e compreensão".
O inquérito, realizado pela Pastoral Juvenil da diocese de Aveiro, no contexto da caminhada em dinâmica social, abrangeu 474 jovens de oito concelhos, na sua maioria do sexo feminino, com uma média de 18,4 anos de idade, solteiros (96,7%) com habilitação correspondente ao ensino secundário (61,1%) ou universitário (14,9%) e são provenientes de "ambientes familiares considerados bons (46,7%) ou muito bons (35,6%)".
Manuel de Sousa, da Pastoral Juvenil da diocese aveirense, considera que a opção maioritária pelo casamento religiosos poderá explicar-se pelo facto de a maioria dos inquiridos serem mulheres e por "estarem mais receptivas a tudo o que envolve o sagrado sacramento, desde a beleza da festa à crença na benção que vão receber, ou, ainda, por 64,2% dos jovens serem cristãos activos".
"Os inquéritos tentaram abranger todos os jovens, não sendo, portanto, vocacionados para o seio eclesiástico, mas é claro que, como a maioria dos inquiridos está intimamente ligada com os rituais da Igreja, por certo, pretenderá seguir também o do matrimónio", disse Manuel de Sousa.
Apesar de afirmar que os jovens pretendem "contrair matrimónio religioso pela fé", Manuel de Sousa acredita que muitos jovens tomam essa opção "pela tradição que ainda está bastante enraizada nas famílias aveirenses".
O inquérito revela que 57,3% dos jovens dizem que Jesus Cristo é o filho de Deus, 11,6% um Homem bom e 8.7% que é Deus. Apenas 0.5% dizem que nunca existiu. Também 13.4% consideram a existência na paróquia de grupos fechados e 34,9% esperam da Igreja abertura e compreensão, 26,7% que os ajude a crescer na fé e 17.2% que promova a abertura de espaços de encontro e convívio. 8.7% dizem que o lugar dos jovens na Igreja é promover a solidariedade.