sexta-feira, março 11, 2005

Portugal não pode esquecer as lições da emigração

A nossa diocese é sem duvida perpassada pelo fenómeno da emigração. Muitos alto-minhotos estão espalhados pelos quatro cantos do mundo. No momento em que somos acolhedores de muitos imigrantes que, vindos de muito longe, se instalam na nossa terra procurando uma nova vida, tal e qual como nós fizemos no passado, não nos devemos alhear desta realidade. É nosso dever aproveitar todas as lições que aprendemos com a nossa própria experiência de emigração de forma a acolher os imigrantes que chegam até nós de uma maneira condigna. Aqui está uma notícia retirada da Agencia Ecclesia e que vale a pena ler.

Um colóquio surpreendente

Entre o Papa e os fiéis teve lugar um colóquio surpreendente. João Paulo II abençoou mais de uma vez quantos o aplaudiam; falou com o olhar, com aqueles olhos que te penetram e te transmitem palavras fundamentais. E às saudações comovidas, alegres e intermináveis, respondeu quase como se quisesse pedir desculpa com a mão na garganta.
É realmente verdade: João Paulo II surpreende sempre. Em poucas horas, com a sua inteligência sempre fulgurante e com a sua fragilidade que se faz força, altera as previsões; desmente declarações de quem não sabe nem viu nada e ninguém; obriga a refazer títulos considerados óbvios até poucos minutos antes.
João Paulo II supreende sempre. E o Angelus de 27 de Fevereiro de 2005 entra na história. Como que para confirmar aquilo que ele diz no seu recente volume "Memória e Identidade": "Vivo na consciência constante de que em tudo o que digo e faço, no cumprimento da minha vocação e missão, do meu ministério, acontece algo que não é exclusivamente minha iniciativa. Sei que não sou o único a agir naquilo que faço como Sucessor de Pedro".
MARIO AGNES


In L'Osservatore Romano - 5 de Março de 2005

Governo espanhol recebe três milhões de assinaturas em defesa da disciplina de Religião

A Confederação Católica Nacional Espanhola de Pais de Família e Pais de Alunos (CONCAPA) entregou ontem no Palácio de La Moncloa mais de três milhões de assinaturas, reunidas para solicitar que a disciplina de Religião e a sua alternativa sejam avaliáveis e computáveis, como qualquer outra matéria escolar.
As propostas do Ministério de Educação em matéria de Religião consistem basicamente em tornar a Religião na escola pública uma disciplina de oferta obrigatória pelos centros e de eleição voluntária para os alunos, sem validade académica.

In Agência Ecclesia (veja aqui toda a notícia)

quarta-feira, março 09, 2005

Tema polémico que o não devia ser

Comentário de D. António Marcelino

Sopra um vento destruidor por essa Europa fora e está aí, a assobiar em cheio, na praça pública e nos espaços do aconchego diletante. Destrói, impunemente, valores e instituições indispensáveis, à revelia de uma reflexão ponderada e de um juízo sério, sobre os seus efeitos iconoclastas.
Decretou-se, de um dia para o outro, que falar de Deus, da pátria e da família, cheira a bafio, é sinónimo de passado enjoativo, está ao arrepio da modernidade, é herança do fascismo. O laicismo ateu tomou o projecto em mãos e tornou-se militante intransigente, juiz implacável, inquisidor mor.
Esta corrente pode sempre opinar. Não assim pessoas, grupos e comunidades que, de modo consciente, vêem nos valores que se estão a demolir, um sentido para a sua vida e uma referência para o seu agir pessoal e social. Porém, é com esta gente que querem amordaçar, que o país conta. Tudo o resto não passa de actores de passagem, a que a comunicação social dá altifalante, palco e mesmo pé para ir mais longe.
Li há dias, em entrevista a um jornal da província, o que dizia uma professora universitária, que cultiva o seu individualismo sem reservas. Tal qual assim: “Deus não me fez falta na minha vida”. Arredara-O de vez, por choques não resolvidos na juventude. Assim se apagou, como dispensável, Aquele no qual eu creio que todos “nos movemos, existimos e somos”. A moda agora é ser agnóstico e ateu, e a riqueza, em não ter nada de consistente, definitivo e incómodo na vida
O crer não se opõe ao compreender. Ao contrário, estabelece uma nova forma de compreender que, precisamente porque se dá na relação com o divino, resulta como algo de decisivo e absoluto para a existência humana. Isto não é uma teoria, mas fruto visível de uma ampla e séria investigação sobre a experiência religiosa. O sábio, esse dirá sempre: “Só Deus basta!”
Em relação à pátria/nação, está bem claro que, secadas as raízes, nem frutos, nem segurança, nem memória histórica. Que caminho para o futuro?
A guerra contra a família, na qual assestam agora todas as baterias de um laicismo ao sabor da corrente, vazio de conteúdos morais e éticos e, por isso mesmo, incapaz de autocrítica, não é senão, ainda que pareça o contrário, uma guerra efémera. O individualismo, como valor absoluto, confundido com individualidade, acaba por destruir a pessoa na sua identidade, bem como a relação interpessoal na sua riqueza insubstituível. O individualismo é sempre caminho acelerado para a morte. Levado para o campo do amor, gera um inevitável conflito com a realidade familiar. Tudo reduzido à esfera privada, não se respeita o outro, não se querem nem aceitam influências de fora, são inviáveis os compromissos responsáveis. Nada mais efémero na vida que o amor individualista, sem balizas nem regras. Onde a morte do outro, aí a pobreza e debilidade. Família é outra coisa. A natureza sem lei arrasa tudo. Respeitada, é fonte de felicidade e de bem. Tema polémico, a requerer atenção e gente sem medo de se afirmar.

In Agência Ecclesia

Secretariado Diocesano de Pastoral Juvenil de Viana do Castelo, Cúria Diocesana. Convento de São Domingos. 4900-864 Viana do Castelo Telef.258-824567 Fax.258-824459 Email: jotas@tugamail.com