Encontro Europeu de Jovens em Lisboa

A unidade entre os cristãos é um caminho fundamental para a paz de toda a humanidade. Foi com esta ideia que o Cardeal-Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, se despediu dos participantes do 27º Encontro Europeu de Jovens (EEJ) promovido em Lisboa pela Comunidade de Taizé.
“A concentração de milhares de jovens, vindos de tantos países da terra, anuncia um ‘futuro de paz’ e revela um novo rosto da cidade dos homens”, disse o Patriarca de Lisboa na homilia da Eucaristia de encerramento, celebrada ontem no Mosteiro dos Jerónimos.
“A paz mundial é urgente para que se possam aliviar sofrimentos e, em particular, para que as crianças que nascem não conheçam a angústia e a insegurança”, disse, por seu turno, o Irmão Roger.
O fundador da Comunidade ecuménica internacional de Taizé também considerou a reconciliação entre cristãos como caminho para a paz, referindo na mesma ocasião que se “os cristãos rezam todos a um mesmo Deus de amor, porque razão gastam, por vezes, tantas energias opondo-se uns aos outros?”.
“Procurar reconciliação e paz supõe travar uma luta interior. Não é um caminho fácil, nada de duradouro se constrói na facilidade”, alertou ainda.
O Irmão Roger fez um balanço do encontro que reuniu cerca de 40 mil jovens em Lisboa, apelando à reconciliação e à comunhão, sem esquecer o sofrimentos das populações do sudeste asiático. "Estivemos reunidos em Lisboa com jovens vindos de toda a Europa e também de outros continentes para vivermos, como em cada ano, uma peregrinação de confiança através da terra. Rezamos em comunhão com as vítimas da catástrofe na Ásia. Pedimos ao Espírito Santo para consolar os povos da Ásia nesta grande provação”, disse.
Os participantes no EEJ foram comparados, por D. José Policarpo, aos Reis Magos, que deixaram tudo e se puseram a caminho para seguir uma estrela. “Eles revelaram-se capazes de ler os sinais e representam os que, no mais profundo de si próprios, sentem a atracção do absoluto”, disse na homilia da Solenidade da Epifania.
Celebrada em português e francês, a missa foi transmitida pela RTP e pela France 2.
No final da cerimónia muitos foram aqueles que queriam saudar o Irmão Roger, de 89 anos. Em declarações ao programa ECCLESIA, o fundador de Taizé manifestou-se “muito feliz” com tudo o que se viveu em Lisboa, ao longo da última semana.

In Agência Ecclesia