quarta-feira, julho 11, 2007

“Abri as portas a Cristo, sem medo, sem cálculo, sem medida”


O Papa Bento XVI participou no passado dia 17 de Junho num encontro com jovens em Assis (Itália). Na cidade de São Francisco, exortou-os a abrir sem medida nem cálculo o coração a Cristo, “porque somente o Infinito pode encher o coração”.

Ao iniciar o discurso o Santo Padre afirmou que o motivo da sua viagem foi “o desejo de reviver o caminho interior de São Francisco” e recordou que “a sua conversão se deu quando estava na plenitude da sua vitalidade, das suas experiências, dos seus sonhos” pois “tinham passado 25 anos da sua vida sem ele encontrar o sentido da vida”.

“Francisco era alegre e generoso, gostava da paródia e de cantar, dava voltas pela cidade de Assis, de dia e de noite, com os seus amigos, generoso em gastar em comezainas e outras coisas tudo aquilo que podia ter ou ganhar”.

”De quantos jovens hoje em dia se poderia dizer algo semelhante? Como negar que são muitos os jovens e não jovens, tentados a seguir de perto a vida do jovem Francisco antes da sua conversão? Debaixo daquela forma de viver existia o desejo de felicidade que existe em cada coração humano.
Mas podia esse tipo de vida dar a felicidade verdadeira?”

”Francisco certamente não a encontrou aí. Vós mesmos, queridos jovens, o podeis verificar a partir da vossa experiência. A verdade é que as coisas finitas podem dar chispas de felicidade, mas somente o Infinito pode encher o coração”.

”Na vaidade, na busca de originalidade, existe algo pelo qual todos somos, de algum modo, tocados. Para poder ter um mínimo de êxito, necessitamos de ter crédito aos olhos dos outros com algo inédito, original. Em certa medida, isto pode expressar um inocente desejo de ser bem acolhido. Mas com frequência insinua-se o orgulho, a procura desordenada de si próprio, o egoísmo e o desejo de humilhar os outros. Na realidade, centrar a vida em si próprio é um engano mortal: só podemos ser nós mesmos se nos abrirmos ao amor, amando Deus e os irmãos”.

”Corremos o risco de passar uma vida inteira aturdidos por vozes ruidosas mas vazias, corremos o risco de deixar passar a voz de Cristo, a única que conta, porque é a única que salva. Contentamo-nos com fragmentos de verdade ou deixamo-nos seduzir por verdades que o são apenas na aparência”.

“Será para admirar se depois nos encontramos num mundo contraditório, que não obstante tantas coisas belas, com frequência nos decepciona, com as suas expressões de banalidade, de injustiça e de violência?”.

”Sem Deus, o mundo perde o seu fundamento e a sua direcção. Não tenhais medo de imitar Francisco. Ele soube fazer silêncio dentro de si, pondo-se à escuta da Palavra de Deus. Passo a passo, deixou-se guiar pela mão ao encontro pleno com Jesus, até fazer d’ Ele o tesouro e a luz da sua vida”.

”Deixemo-nos encontrar por Cristo! Confiemos n’ Ele, escutemos a sua Palavra. N’ Ele não existe somente um ser humano fascinante: é Deus feito homem. Francisco era um verdadeiro enamorado de Jesús”.

”Abri as portas a Cristo, abri-as como fez Francisco, sem medo, sem cálculo, sem medida”.

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